O Natal de Jesus e o Jesus do Natal

26/12/21
Publicado em 20/01/2022

O NATAL DE JESUS E O JESUS DO NATAL

(Lucas 2:33-35)

 

Quando Jesus foi apresentado no templo, oito dias após o Seu nascimento, Simeão profetizou sobre Ele. Seu ministério seria polêmico, porque a uns Ele levantaria e a outros causaria a queda. Isso seria uma contradição, porque nascera tão somente para fazer o bem e revelar o amor do Pai, na intenção de reconciliar toda humanidade com Deus. De fato, as palavras de Simeão se cumpriram e continuam até hoje!

Quando falamos em Natal, o que logo nos vem à mente são pensamentos de paz, amor, solidariedade, unidade, espiritualidade, etc. Sim, Jesus é o Príncipe da Paz (Isaías 9:6), mas ao mesmo tempo Sua presença na terra causou conflito, polêmica, atrito e divisão. E aí está a contradição! 

 

Jesus nos confronta

Desde o início, muita gente creu nEle, mas outros O rejeitaram. Para uns trouxe conforto, para outros confronto. Simeão disse: “... De modo que o pensamento de muitos corações será revelado” (v 35). Sim, porque Jesus é a luz do mundo, que revela a verdadeira intenção dos corações. Ele mesmo disse: “Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus” (João 3:19-21). Isso explica por que muitos celebram o Natal de Jesus, mas não conhecem o Jesus do Natal! Ele é a verdade (João 14:6). Uma verdade nunca muda, mas o seu efeito só entra em operação na vida de quem a recebe.

João, em seu evangelho diz: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1:11-12). Nem todos O recebem e crêem nEle. Especialmente na época do Natal muitos O admiram e falam do Seu amor e bondade, mas não se rendem, não O recebem como Senhor de suas vidas. 

 

Jesus é o Pastor

Certa vez os judeus perguntaram a Jesus se Ele era mesmo o Cristo. Então Ele respondeu: “... Eu já lhes disse, mas vocês não crêem. As obras que eu realizo em nome de meu Pai falam por mim, mas  vocês não crêem, porque não são minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10:25-27). E, na sequência, o texto diz: “Novamente os judeus pegaram em pedras para apedrejá-lo, mas Jesus lhes disse: ‘Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar?’” (vs 31-32). A palavra “ovelha” é a chave, porque a ovelha se sujeita à direção; ela representa o caráter ensinável e pronto a se submeter ao Seu pastor. Quem não é ovelha, pelo contrário, resiste. Vivemos dias de questionamento generalizado. As pessoas dizem “não é bem assim”. Qualquer um que queira afirmar as palavras de Jesus, sem falsas interpretações, corre o risco de ser “apedrejado”.

 

Jesus é o fundamento

Segundo a profecia, uns iriam se levantar e outros sofreriam queda. Sim, Jesus veio para provocar salvação e destruição! Ele também disse: “Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois eu vim para fazer que o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da própria família” (Mateus 10:34). Aqui encontramos outra contradição. Se Jesus é o Príncipe da Paz, como pode dizer que veio trazer espada? Trata-se da reação das pessoas; as que não aceitam o evangelho vão resistir, hostilizar, perseguir, “apedrejar” com palavras aqueles que o aceitam, assim como fizeram com Jesus. 

Quando Jesus acabou de contar a parábola dos lavradores, Ele disse: “‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular’. Todo aquele que cair sobre ela será despedaçado, e aquele que sobre quem ela cair será reduzido a pó” (Lucas 20:17-18). A pedra é o próprio Jesus. Ele é a pedra principal na construção espiritual, onde cada cristão é uma pedra. Pedro escreve: “Portanto, para vocês, os que crêem, esta pedra é preciosa; mas para os que não crêem, ‘a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular’, e ‘pedra de tropeço e rocha que faz cair’. Os que não crêem tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram destinados” (I Pedro 2:7-8). Então, Jesus pode ser pedra de fundamento para uns e pedra de tropeço para outros, tudo depende de como cada um O encara! Cair sobre a pedra é sobre quebrantamento, rendição, humildade para receber a Palavra e o senhorio de Cristo. Ser reduzido a pó é sobre juízo e condenação.  

Jesus é o mesmo, e está pronto para restaurar, edificar, levantar, soerguer, curar, libertar, salvar. No entanto, nossa escolha é pessoal e determinante para uma nova história de vida. Rejeitá-lo é continuar sob o efeito do pecado e da ação de Satanás; aceitá-Lo é tornar o Natal de Cristo o nosso natal, o renascimento espiritual. Só assim o Natal será mais que uma comemoração histórica e religiosa; será uma experiência!

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