Diga Sim ao Amor!

Série Diga Sim
Publicado em 13/07/2022

Diga sim ao amor!

(Gálatas 5:22-23)

A palavra “fruto” tem como sinônimos “resultado”, “consequência”, “efeito”. Quando a Bíblia fala de fruto do Espírito está fazendo referência ao produto do Espírito que habita em uma pessoa regenerada. 

O fruto reflete a natureza da árvore, pois toda a criação se reproduz conforme a sua espécie. Assim como uma goiabeira não pode produzir abacate, também uma pessoa não regenerada (renascida em Cristo) não pode reproduzir o fruto do Espírito. Por outro lado, o verdadeiro sinal de que alguém recebeu a nova natureza é o fruto do Espírito. O fruto, portanto, tem a essência da árvore. Sendo assim, quem se tornou habitação do Espírito Santo, tem em si a essência de Deus, e o efeito é o fruto. Dons do Espírito são manifestações sobrenaturais, fruto, porém, é caráter (Mateus 7:15-16, 22-23). 

Há uma visão muito distorcida de amor na sociedade. O sistema pecaminoso deste mundo propaga um padrão de amor totalmente oposto ao amor de Deus. Todas as pessoas em algum nível são vilões e vítimas desse falso amor, que é quase sinônimo de prazer, por isso há tanto sofrimento. As pessoas dizem “eu te amo” motivadas por um sentimento de auto satisfação e condicionadas a alguma retribuição.

 

Deus é amor

A essência de Deus é o amor, e ele encabeça a lista do fruto do Espírito - “... Deus é amor” (I João 4:8). A palavra grega é ágape, amor sacrificial, incondicional, não merecido, que não exige retorno ou retribuição. A Bíblia diz que esse mesmo amor foi derramado em nossos corações (Romanos 5:5). Se já foi derramado, então o que precisamos fazer é manifestá-lo. Quase sempre relacionamos amor com sentimento e vontade - “O amor emocional, com sua paixão, romantismo e impulsos afetuosos, é a linguagem e a expressão do amor, mas não é isso que é amor” (James Hunter).

O amor está ligado ao nosso comportamento e caráter. É nos colocarmos à disposição dos outros, mesmo quando não sentimos vontade, pois amor não é o que falamos e sim o que fazemos. Isso explica o que Jesus disse a respeito do amor em Mateus 5:43-48. Quem terá vontade de amar o inimigo e orar pelos que lhe perseguem? De fazer o bem a quem lhe faz o mal? Amar, portanto, é uma atitude!

Paulo escreveu aos coríntios sobre o caminho mais excelente - o amor (I Coríntios 12:31). E na sequência ele descreve sobre o que é o amor (I Coríntios 13:4-7). Nenhuma dessas referências ao amor tem a ver com sentimento. Todas são atitudes. O amor é:

Paciente. É demonstrar autocontrole. É impressionante como conseguimos nos controlar diante de pessoas estranhas ou não tão próximas (chefe, cliente, autoridades,...), mas facilmente nos descontrolamos com nosso cônjuge, filhos, colegas de trabalho! Isso mostra como podemos, sim, controlar nossa ira (Efésios 4:26-27). 

Bondoso. Ou  gentil. É tratar os outros com cortesia. É mostrar interesse pelas pessoas até mesmo quando não sentimos qualquer afeição. Tem a ver com apreciação, dar atenção, elogios, créditos. Palavras de afirmação e palavras gentis como “bom dia”, “por favor”, “obrigado”, “desculpe”, “você tem razão” são expressões de gentileza.

Humilde (“não inveja, não se vangloria, não se orgulha”). Humildade não é passividade, modéstia ou baixa auto-estima. A palavra “humildade” vem da palavra “húmus” (matéria orgânica depositada no solo, que resulta da decomposição de animais e plantas mortas), que é fertilizante para o solo. O humilde se faz “fertilizante” para o solo dos outros.

Respeitoso (“não maltrata”). É dar a devida importância às pessoas. Respeitar não é necessariamente aceitar ou concordar com as opiniões ou atitudes alheias, mas é tratar com consideração, é conviver com os diferentes, sem discriminar ninguém. É tratar bem as pessoas mesmo quando elas se comportam mal, ou quando não fazem por merecer.

Altruísta (“não procura seus interesses”). É o contrário do egoísmo. O altruísta procura atender as necessidades dos outros. Esta é mentalidade de servo. O que Jesus fez por nós devemos fazer pelos outros (I João 3:16). Para suprir os outros vou precisar abrir mão das minhas coisas, tempo, dinheiro, bens, recursos, etc.

Perdoador (“não se ira facilmente, não guarda rancor”). As pessoas vão nos magoar. Ninguém escapa de ser ofendido num mundo imperfeito com pessoas imperfeitas. Perdoar não é esconder a ofensa, mas ser sincero para expressar o quanto se sentiu ofendido e resolver a questão. A amargura nos priva da graça de Deus (Hebreus 12:15). 

Honesto (“não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade”). Honestidade é ser autêntico, é não tentar enganar ninguém, é não usar máscaras! Existem pessoas que escondem seus sentimentos e até mesmo seus pecados. Devemos falar a verdade em amor (Efésios 4:15). Ser honesto é ser leal às pessoas, aos líderes, e à família espiritual. Comprometido (“tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”). Definição de compromisso: “ser fiel a uma escolha”. Quando nos decidimos a andar com Jesus e com nossa família espiritual, já fizemos a escolha; agora é sustentá-la com atitudes, assim como numa aliança de casamento. É uma questão de amor (atitude) e não de sentimento!

“Não percam tempo se preocupando se vocês amam o próximo - ajam como se amassem. Vão descobrir que, quando se comportam como se amassem alguém, daí a pouco passarão a amá-lo” (C.S. Lewis). 

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