O Ano da Paixão

Amar a Deus é um mandamento da Lei de Moisés - Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças” (Deuteronômio 6:5). No entanto, hoje não estamos mais debaixo da lei, e sim debaixo da graça - Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Romanos 6:14). 

Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (I João 4:19). O que isso significa? Simples! Como não amar alguém que nos amou tanto? Quando a graça nos é revelada, não precisamos mais do mandamento, pois vivemos acima dele. O amor de Cristo entra em nós pelo Seu Espírito Santo! Para fazermos um retorno ao primeiro amor, precisamos tomar o caminho da graça. É preciso crescer na revelação!

Certa vez uma prostituta derramou um frasco de perfume aos pés de Jesus, enquanto chorava e enxugava as lágrimas com seus cabelos. Os discípulos a criticaram, mas Jesus fez a seguinte observação: "Dois homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. Nenhum dos dois tinha com que lhe pagar, por isso perdoou a dívida a ambos. Qual deles o amará mais? Simão respondeu: ‘Suponho que aquele a quem foi perdoada a dívida maior’. ‘Você julgou bem, disse Jesus’” (Lucas 7:41-43). Não se trata de pecar mais ou menos, mas de quanto se consegue enxergar e admitir o tamanho da nossa pecaminosidade!

 

A consciência da graça da salvação

Um dos grandes impedimentos à paixão é a justiça própria. Ela despreza a graça porque subestima a gravidade do pecado. O nosso entusiasmo está diretamente relacionado com a consciência da graça. É a consciência do amor dEle por nós que determina o nosso amor por Ele. Simples assim. Quando não temos prazer ou entusiasmo pelas coisas espirituais, é sinal de superficialidade no entendimento do evangelho.

Quando alguém encontra a vida, não vai flertar com a morte; quando encontra a luz, não vai flertar com as trevas; quando encontra a pureza, não vai flertar com a imundícia; quando encontra a verdade, não vai flertar com a mentira. O filho pródigo experimentou o chiqueiro, por isso voltou para casa para nunca mais retornar ao chiqueiro! Mesmo que tenhamos dificuldades, é preferível a presença de Deus às facilidades sem a Sua presença. Quando Noé estava na arca, certamente o ambiente não era dos melhores. O mau cheiro, por conta de todos aqueles animais lá dentro, era insuportável! No entanto, ele estava sendo salvo com toda a sua família! Noé era extremamente grato a Deus por aquele livramento. Quando tudo acabou, levantou um altar em adoração (Gênesis 8:20).

Nada tira o nosso entusiasmo quando temos a consciência de tão grande salvação! Mesmo nas perseguições, rejeições, traições e hostilidades de todo tipo, quando temos a verdadeira revelação do evangelho, tudo é superável, pois encontramos um propósito.

 

O amor é uma revelação

Paulo diz: “... E oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus” (Efésios 3:17-19). Na medida em que caminhamos no conhecimento desse amor e nos aprofundamos nele, mais apaixonados nos tornamos, mais comprometidos e intensos nos tornamos no Reino de Deus.

Ninguém escapa de situações que tentam nos desanimar. Todos nós somos atacados de todos os lados, no entanto, quando estamos firmados no amor, nada nos derruba - De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos” (II Coríntios 4:8-9).

Paulo diz: Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (Atos 20:24). Ele havia descoberto o sentido da vida, o propósito para o qual renascemos em Cristo. Quando encontrou Jesus, considerou como refugo todos os títulos, todo o seu conhecimento intelectual e sua experiência religiosa - Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7-8).

 

Conclusão

O Ano da Paixão é o ano da restauração do compromisso com Deus, do envolvimento no Reino, do discipulado, do voluntariado... É tempo de mergulhar de cabeça, pois pouco tempo nos resta. Deus vai honrar aqueles que O honrarem. Amém!

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