“A perseverança é uma qualidade daquele que persiste, que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades. Perseverar é conquistar seus objetivos devido ao fato de manter-se firme e fiel a seus ideais e propósitos” (Fonte: https://www.significados.com.br/perseveranca/)
A palavra “perseverança” vem do latim PERSEVERARE, que significa “manter-se firme, persistir”, formado por PER = “totalmente”, mais SEVERUS = “estrito, sério”. Literalmente seria “totalmente sério”.
A inconstância é o oposto da perseverança. Quem vive parando ao longo do caminho nunca chega ao destino. O inconstante é volúvel, instável, desiste fácil dos desafios, e isso é uma fraqueza de caráter. Um dos aspectos negativos da automação moderna é a mentalidade condicionada à lei do menor esforço, que se nega ao sacrifício. Nem todos estão dispostos a fazer um esforço descomunal para alcançar algum objetivo. Há no inconsciente coletivo uma ideia de que fazer esforço não é inteligente.
Mas a Bíblia diz: “... Sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado…” (Romanos 5:3-4). Tribulação é o mesmo que esforço, trabalho, desgaste, aflição, que produz perseverança. A perseverança produz o caráter aprovado, que é o caráter de Cristo. Jesus é a Rocha (I Coríntios 10:3-4), portanto, o Seu caráter é constante, fiel e perseverante. Se o nosso alvo é o caráter de Cristo, então não podemos nos negar ao esforço!
A Bíblia também diz: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma” (Tiago 1:2-4).
Persevere na oração
Na Parábola da Viúva Persistente Jesus fala sobre a necessidade de orar sempre sem nunca desanimar (Lucas 18:1-8). A área mais desafiadora da nossa vida é a oração, porque ela reflete a nossa dependência de Deus. E como o pecado original é a independência dEle, existe em nosso interior uma forte inclinação para negligenciar a oração. Nos lançamos à ação sem oração!
Muitos param de orar quando não vêem os resultados; têm alma circunstancial. De todas as desistências, comumente a oração é a primeira. Mas a oração é a única prova de que dependemos de Deus, pois é através dela que nos conectamos com Ele lançando nossas expectativas e ansiedades. Ela é a expressão da nossa fé. A medida da nossa oração é sempre a medida da nossa dependência!
Quantos começam orando com todo afinco orando pela conversão de alguém e depois de um tempo arrefecem e aos poucos vão desistindo, porque nada aconteceu! Acontece que é no reino invisível que a batalha espiritual acontece, e ela tem o seu tempo. João escreve: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos” (I João 5:14-15). E a vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (I Timóteo 2:3-4).
Persevere na ação
A outra área de perseverança é a conquista das almas. Somos demasiadamente imediatistas! Nossa mente está formatada à velocidade da cibernética e não conseguimos mais assimilar a realidade dos tempos e das estações. O homem rural consegue, porque convive com a lei da semeadura que concebe tudo de acordo com a estação própria.
Por conta do imediatismo nos tornamos impacientes, e a impaciência nos inclina a desistir de semear sementes de salvação. A Bíblia diz: “Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto" (Jeremias 17:7-8)
Semear persistentemente é a chave para a colheita. Os territórios a serem alcançados são as almas das pessoas. A Bíblia conta a história de Jeoás, rei de Israel. O profeta Eliseu ordenou que ele atirasse flechas, como um ato profético, que mediria sua fé e perseverança na batalha contra o inimigo (II Reis 13:14-19). Ele atirou apenas três vezes contra o chão. A falta de entusiasmo refletia a sua incredulidade. Se tivesse perseverado atirando mais flechas venceria completamente.
Muitos não entendem que Deus Se move pela nossa fé, e a fé implica perseverança. A Bíblia diz: “Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá… Plante de manhã a sua semente, e mesmo ao entardecer não deixe as suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas” (Eclesiastes 11:4, 6).
Pessoas não fracassam, elas simplesmente desistem (Henry Ford).