“Aquele que é capaz de fazer infinitamente mais de tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós” (Efésios 3:20).
O apóstolo Paulo nos ensina sobre o que ele mesmo provou e vivenciou: a presença de Deus em sua vida. Esse contexto expressa tamanho poder de regeneração, transformação de mente, pensamentos e atitudes gerados no interior de uma pessoa que passa a conhecer a Cristo. Presenciar a transformação, através do amor de Deus, de pessoas anteriormente marcadas por sentimentos e comportamentos negativos, como amargura, malevolência, orgulho, ira, discórdias e insubmissão, vivendo sob a sombra do pecado e da maldade, é um dos milagres mais impressionantes neste mundo.
O amor de Deus é mais do que um sentimento, é um mandamento (Efésios 5:1, 2). Num mundo caracterizado pela desunião, hostilidade e indiferença, o amor é uma força transformadora que pode revolucionar vidas, famílias e ambientes. É preciso ativar e experimentar esse amor em nossas vidas, para então compartilhá-lo com o mundo.
TRÊS ÁREAS PARA ATIVAR O AMOR DE DEUS:
O capítulo 9 do livro de Atos fala sobre a transformação de Saulo, um perseguidor de cristãos, que se tornou um dos principais apóstolos de Jesus Cristo. “Enquanto isso, Saulo ainda respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor. Dirigindo-se ao sumo sacerdote… ‘Senhor, tenho ouvido muita coisa a respeito desse homem e de todo o mal que ele tem feito aos teus santos em Jerusalém’” (Atos 9:1, 13). Estes dois versículos expressam os sentimentos, tanto de Paulo, quanto de Ananias, um dos seguidores de Jesus. “No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo” (1 João 4:18). A resistência que Ananias teve é compreensível, mas o que ele não sabia é que Paulo já não era o mesmo homem de antes. Este exemplo nos dá uma noção do poder transformador de Deus em uma pessoa (v. 15).
Muitas pessoas enfrentam desafios em relação ao amor, devido a experiências traumáticas do passado. Essas experiências deixam cicatrizes emocionais, que podem tornar difícil confiar e se abrir ao amor, tanto de Deus quanto dos outros. Mas quando temos uma vida dedicada em estar na presença do Senhor, até os mais difíceis desafios de amar são superados. Ativamos o Amor quando obedecemos e nos humilhamos diante do Senhor, pois, na realidade, tudo isso diz respeito não a nós, mas a Deus.
A história de José do Egito é um dos exemplos de perseguição, sofrimento e superação. José escolheu não se vingar de seus irmãos, optando por responder ao mal com amor, resultado de uma vida marcada pela gratidão e louvor a Deus (Gênesis 50:18, 20). Em meio a uma situação tão difícil, quando confrontado com aqueles que o prejudicaram, José permitiu que Deus enchesse seu coração de amor, resultando na salvação de vidas.
Nosso amor para com as pessoas precisa ser ativo e eficaz, sem nos determos nas condições ou nas adversidades. Precisamos criar condições propícias para que o milagre possa se manifestar (Lucas 5:18,19). Ativamos o amor quando nos importamos com o próximo, com os necessitados, os aflitos, os desamparados e quando entendemos que temos um chamado a ser cumprido. “Estou convencido de que o maior ato de amor que podemos realizar pelas pessoas é contar a elas sobre o amor de Deus por elas em Cristo” (Billy Graham).
Ativar o amor é amar! É perdoar, é ser humilde, amar a si mesmo e ao próximo, é amar os aflitos, é ter compaixão e desejar ardentemente vê-los alcançados. Sem amor não há manifestação de Deus! Todo ser humano é por natureza egoísta e desprovido deste sentimento, mas Deus não se limita a nos oferecer Seu amor. Ele é o amor, em sua essência, e habita em nós (1 Coríntios 13:13).