Roteiro para célula | Semana 5. Um presente para você

  1. Boas vindas e quebra-gelo
  • Imagine e responda: como você se sentiria e reagiria se alguém lhe desse um presente extremamente caro, que você jamais sonhou em ganhar?

 

  1. REFLEXÃO

Comentário introdutório:

O significado da palavra “graça” é bem abrangente, mas podemos resumir como “aquilo que se faz ou se recebe de modo gratuito, sem preço, e sem que haja motivo ou razão”. No entanto, o fato de se receber algo gratuitamente, não significa que não há custo. Por exemplo, se alguém está estudando de graça, é porque alguém está pagando, porquanto um curso tem custos. Se alguém recebeu um carro de graça, alguém pagou por ele. Então, graça não é ausência de custo. A graça tem custo, mas não tem preço.

Quando recebemos algo de graça, logo desconfiamos, pois pressupõe um segundo interesse. Por que damos presentes uns aos outros? Porque amamos as pessoas, certo? Mas, se elas não corresponderem mais ao nosso amor, continuaremos presenteando-as? Num mundo movido pelo egoísmo e pelo desejo de lucro, dificilmente alguém faz ou dá algo gratuitamente, porque ninguém quer sofrer prejuízo; há sempre uma contrapartida!

 

  1. A salvação é de graça, mas teve um custo. Qual foi o custo, e quem pagou?   

 

“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).

Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça…” (I Pedro 2:24).

 

Existe uma graça sobrenatural, divina. Ela é pura, não está firmada no egoísmo ou na vaidade, não tem uma contrapartida e não impõe condições. É a graça da salvação. Ela é um presente. Ninguém paga por um presente, pois, se não, não seria presente. É de graça, mas teve um custo, e alguém pagou por ele. Alguém sofreu o prejuízo, perdeu algo para que pudéssemos recebê-la. Jesus levou sobre Si o castigo que era nosso, sofreu o prejuízo, assumiu o custo, que é a morte, o salário do pecado de toda a humanidade.

 

  1. Qual foi o único motivo pelo qual Jesus pagou o preço pela nossa salvação? Comente.

 

Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

 

Jesus assumiu a morte que seria nossa, e nos devolveu a vida eterna, sem cobrar nada. Quando um prisioneiro é condenado à morte é porque não resta mais qualquer recurso; ou seja, nenhuma pena, por mais drástica que seja, pode redimir o crime que ele cometeu. Que interesse teria Deus em pagar pelo nosso resgate? Apenas amor pelos Seus filhos. O amor de Deus apenas dá, e não impõe a condição de ser correspondido.

 

  1. Na Parábola do Filho Pródigo, o pai exigiu algo do filho quando este voltou? Para o pai, o filho estava morto e reviveu; o que isso representa? Por que o irmão mais velho ficou irado?

 

A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar (Lucas 15:20-24).

“O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele” (Lucas 15:28).

 

A graça não cabe na nossa razão. Pela lógica humana, seria algo injusto. Como alguém pode receber algo sem ter feito nada para merecer, pelo contrário, fez tudo para não merecer? Na Parábola, o filho mais novo recebeu a sua parte da herança, se afastou da casa do pai e passou a viver irresponsavelmente. Ao voltar arrependido, o pai não exigiu de volta o dinheiro da herança, não impôs qualquer condição para recebê-lo; simplesmente o abraçou, beijou, deu ordens para fazerem uma grande festa, porque, para ele, o filho voltou à vida. O pai não o tratou como um dos seus empregados, porque não somos aceitos pelo nosso trabalho, boas ações, religiosidade. Simplesmente não podemos pagar, por mais que nos empenhemos. A morte daquele filho representa a nossa morte eterna. Voltar para o Pai é o mesmo que ressuscitar, para estar com Ele eternamente.  Mas, o filho mais velho ficou irado, porque pela lógica humana era injusto o filho mais novo ter os mesmo direitos que o mais velho, por já ter recebido sua parte.

 

  1. Na Parábola dos Trabalhadores na Vinha, todos os empregados (não importando o horário que haviam começado) receberam o mesmo pagamento. O que os primeiros contratados fizeram? O que a resposta do proprietário nos ensina?

 

“Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha” (Mateus 20:10-11).

“... Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário?... Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?”  (Mateus 20:13, 15)

 

O proprietário que foi contratar os trabalhadores chamou alguns de manhã cedo e combinou de pagar um denário pelo dia de trabalho. Por volta das nove horas contratou outros, ao meio dia e às três da tarde contratou outros e, finalmente, por volta das cinco da tarde contratou outros. Ao final do dia, na hora do pagamento, começando pelos que tinham começado às cinco, passou a pagar um denário a todos. O texto diz que os que tinham sido contratados primeiro começaram a reclamar. E a resposta do proprietário revelou que a graça é um mistério! A justiça de Deus não é a nossa.

 

  1. APLICAÇÃO

Peça que alguém do grupo dê um testemunho sobre a diferença entre o antes e o depois da revelação da graça em sua vida.

 

  1. ORAÇÃO RESPONSIVA:

Pai querido, eu entendi que nada posso fazer para pagar pela minha salvação. Reconheço que não mereço ser salvo, pelo contrário, mereço a condenação eterna. Muito obrigado por enviar Jesus para pagar o preço que eu jamais poderia pagar. Obrigado por morrer a minha morte para que eu pudesse viver a Sua vida. Hoje, eu recebo de graça a dádiva da salvação. Volto para Ti arrependido e rendido para, a partir de agora, submeter a minha vida cem por cento a Ti. Em nome de Jesus, amém!

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