. Boas vindas e quebra-gelo
Comentário introdutório:
Deus nos criou para o novo. Nós preferimos coisas novas. Nossa mente foi programada para funcionar assim. Ninguém troca o novo pelo velho, sempre o velho pelo novo. Quem preferiria andar com um carro velho, ao invés de um carro novo? O que é velho fica para trás, e o que é novo está à nossa frente.
A Bíblia diz acerca do povo de Israel, quando entraram na terra de Canaã: “No dia imediato, depois que comeram do produto da terra, cessou o maná, e não o tiveram mais os filhos de Israel; mas, naquele ano, comeram das novidades da terra de Canaã” (Josué 5:12 ARA). O maná era um milagre diário, caía do céu, mas era sempre a mesma coisa, porque o deserto não era o lugar de destino. O deserto representa a vida sem graça, a mesmice de uma vida sem sentido. As novidades da terra de Canaã representam a vida plena e com propósito que Deus tem para nós. Este é o nosso destino!
“Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade” (Efésios 4:22-24).
Nosso corpo se renova constantemente. Ele está em processo de intensa renovação celular. A maioria das células são renovadas durante a vida. Por exemplo, as células da pele são constantemente substituídas. Ao machucarmos a pele, com um arranhão ou um corte, as células imediatamente entram em ação para fazer a regeneração. Portanto, apesar de sermos finitos, os ciclos de renovação estão em nossa natureza. Isso explica o instinto natural de desejar o que é novo.
A Bíblia fala do novo e do velho homem. A proposta do evangelho não é uma reforma, mas uma reconstrução, é fazer tudo novo! Deus quer nos dar uma nova vida. Acontece que para recebê-la precisamos renunciar a velha maneira de viver. Ninguém, por exemplo, coloca uma roupa nova por cima da velha. A velha será descartada para dar lugar à nova.
O problema é que muitas pessoas querem as duas coisas ao mesmo tempo, o novo e o velho. Querem Jesus, se empolgam com a palavra, simpatizam com o evangelho, mas não querem abandonar os velhos conceitos, opiniões, crenças e padrões de pensamentos. No entanto, o texto diz que o nosso modo de pensar precisa ser renovado. Para termos a mente de Cristo, precisamos renunciar a mentalidade envelhecida!
“... Desse modo saberão que caminho seguir, pois vocês nunca passaram por lá” (Josué 3:4).
Existem pessoas que são acumuladoras. Elas enchem os seus armários de coisas que nunca irão usar. Assim também acontece no plano espiritual. Somos inclinados ao que é velho, ao que estamos habituados, pois nos sentimos seguros. O novo é sempre uma aventura, um desafio, nos tira do conforto. Usando novamente o exemplo de Israel no deserto, eles estavam habituados ao deserto, sentiam-se confortáveis, mas agora Deus os estava desafiando a tomar um novo caminho e entrar num novo ambiente.
“Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês…” (Colossenses 3:5).
“Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23).
É preciso coragem para abandonar, descartar, lançar fora o que já não serve mais. Precisamos abandonar o deserto, a mesmice. Isso se chama renúncia. O símbolo da fé cristã é a cruz. Cruz é sobre morte, mas também ressurreição. Se eu não fizer morrer a velha natureza, não poderei renascer!
Jesus disse que devemos tomar a cruz diariamente. Trata-se de um renovo constante. A cruz é sobre renunciar a vontade própria para dar lugar à vontade de Deus nas mais variadas escolhas que fazemos todos os dias. E isso dói. No entanto é a dor que produz o ganho, é a morte que produz vida. A cruz não é o fim, mas o meio para o fim, que é a vida, porquanto Jesus ressuscitou ao terceiro dia.
“... Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto” (João 12:24).
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (II Coríntios 5:17).
O grão de trigo era Jesus, mas o texto se aplica aos Seus seguidores. A semente precisa morrer para dar lugar ao fruto. Se não descartarmos a nossa velha natureza pecaminosa, não poderemos receber a nova, a divina, que é a essência do próprio Deus em nós pelo Seu Espírito.
A vida nova só entra em operação se a velha for descartada. Tenha coragem e lance fora o que é inútil, a vida controlada pelo “eu”, o orgulho, a teimosia, a mesmice, o deserto, e esteja em Cristo!
Você entendeu que precisa renunciar algo, mas está com medo de enfrentar os desafios? Podemos orar por você?
Senhor Jesus, eu creio que tens coisas novas para mim. Eu sei que o novo é melhor, e eu estou disposto a receber uma vida nova. Quero hoje renunciar o que é velho, a antiga maneira de pensar, para receber a mente de Cristo. Hoje eu descarto as roupas do velho homem e me revisto com as roupas do novo homem. Eu abandono o pecado do orgulho, da vida controlada pelo “eu”, e entrego a minha vida ao Teu controle. Em nome de Jesus, amém!