Supere a dor do crescimento

(Filipenses 2:12-16)

 

O crescimento humano, desde sua concepção no útero, é um processo natural. Ele continua até que o bebê atinja o estágio adequado para nascer. Quando esse crescimento não ocorre de forma esperada, pode indicar alguma disfunção. Fazendo um paralelo entre os termos "Bios" (do grego, vida biológica ou humana) e "Zoe" (vida eterna e plena, que transborda), Paulo, em sua carta aos Filipenses, os incentiva a perseverar no crescimento espiritual. Ele enfatiza que a saúde do corpo de Cristo depende desse desenvolvimento contínuo da fé.

Fisicamente, o crescimento é um movimento natural do corpo, e a chamada "dor do crescimento" pode afetar crianças entre 2 e 18 anos, sendo mais comum entre 3 e 10 anos. Esses episódios duram de alguns minutos a horas, desaparecendo no dia seguinte. Em alguns casos, porém, as crises podem se prolongar por meses ou anos durante o período de crescimento.

 

A dor pode apontar para um propósito

Ao escrever esta carta, Paulo estava preso. Embora os estudiosos não tenham certeza se ele estava em Roma, Cesaréia ou Éfeso, a verdade é que ele se declara livre, mesmo estando fisicamente preso. “Por essa razão, eu Paulo, prisioneiro de Cristo (Ungido) Jesus (Jeová é Salvação), por amor de vocês, gentios  - ou pagão, que significa aquele que não adora a Deus (Efésios 3:1). Ele está diretamente identificado com a missão e a pessoa de seu Mestre e Senhor. Está ciente, de que existe um propósito maior.

Paulo sabe que as circunstâncias imediatas que circundam um discípulo de Jesus, não são fatores que  devem determinar suas escolhas e atitudes.

 

Crescer produz muito desconforto (v.12) ARA

A palavra "desenvolvei" (do grego Katergazomai) significa realizar, moldar, tornar alguém apto para algo. Em outras palavras, a ideia é continuar enfrentando dores que promovam o resultado aparente da fé que vocês professam e na qual são participantes operantes. Esse desconforto traz momentos de intensa instabilidade, insegurança, incertezas e medos. 

          É neste ambiente que o relacionamento com Deus é aprimorado, e o propósito dEle para a vida de cada um é refinado.

A autorresponsabilidade como agente de transição (v.14)

Se o desconforto gera instabilidade, a autorresponsabilidade auxilia no equilíbrio do momento de transição que se vive. O mesmo autor que nos inspira a viver em processo de aperfeiçoamento, usa de uma ferramenta muito peculiar em relação ao poder da honestidade. “Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio... Sei que nada de bom habita em mim, isto é, minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo” (Romanos 7:15 e 18).

 

Não fuja do processo de amadurecimento (v.15)

Somos tendenciosos em nos tornarmos fugitivos da dor. Aceitamos toda sorte de falhas de caráter, tanto em nós quanto em quem admiramos. Isto, para não sermos alvos de ferimentos gerados por confrontos com pessoas e com Deus, confrontos que, na verdade, podem se tornar grandes fontes de amadurecimento.

Tornar-se irrepreensível e sincero exige uma nova postura, focada na transformação da mente e no nosso comportamento, produzindo “frutos de arrependimento...” (Mateus 3:8). Como um novo exercício que não se tem habilidade, mas pode ser desenvolvido. Comece a colocar em prática os princípios das escrituras e sua identidade de filho será estabelecida. Quando somos curados na identidade em Deus, deixamos de ser governados emocionalmente, seja por elogios ou críticas, vivendo com firmeza, na verdade de quem somos nEle.

 

Aplicando essa verdade 

Rompa o relacionamento com a mediocridade pela intencionalidade da auto sinceridade. “Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado” (1 Coríntios 9:27).

 

Ainda dá tempo, e o tempo é hoje

Amanhã é tarde, o tempo está cada vez mais escasso. “Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a Tua fidelidade.   Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor, portanto, nEle porei minha esperança” (Lamentações 3:22-24).

Compartilhe em suas redes sociais