O seu natal honra a Cristo?

A Igreja nos seus primeiros anos de vida causou uma verdadeira revolução na sociedade contemporânea, e até o final do 1o século se manteve firme no fundamento dos apóstolos, isto é, nas verdades estabelecidas por Cristo. Porém, após a morte do último apóstolo, ela começou a se afastar da linha traçada por seu Fundador. Em consequência disso, muitas verdades foram perdidas e algumas práticas pagãs foram acrescentadas à vida da Igreja.

Quando uma criança recebe a notícia de que o Papai Noel trouxe durante a noite os presentes que estavam debaixo da árvore de Natal, ela vai acreditar nessa mentira. Os pais corrigem seus filhos por dizerem mentiras, porém, ao chegar o Natal, eles mesmos se encarregam de contar-lhes a mentira do Papai Noel; por isso, não é de se estranhar que ao chegarem à idade adulta também acreditem que Deus é um mito! É cristão ensinar às crianças mitos e mentiras? Deus disse: “... Não mintam. Não enganem uns aos outros” (Levítico 19:11).

        

O que dizem as Enciclopédias acerca do Natal

         A festa do Natal teve sua origem na Igreja Católica Romana e desta se estendeu ao protestantismo e ao resto do mundo. O Natal se introduziu na Igreja durante o século IV proveniente do paganismo.

A Enciclopédia Britânica (edição de 1946) diz: "O Natal não constava entre as antigas festividades da Igreja... Não foi instituída por Jesus Cristo nem pelos apóstolos, nem pela autoridade bíblica. Foi tomada mais tarde do paganismo"; e a Enciclopédia  Americana (edição de 1944) diz: "... O costume do cristianismo não era celebrar o nascimento de Jesus Cristo, mas sua morte. A comunhão instituída por Jesus no NT é uma comemoração da Sua morte.

Os apóstolos e a Igreja Primitiva jamais celebraram o nascimento de Cristo nessa data e em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem ou instrução alguma para fazê-lo. Porém, existe sim, a ordem de observarmos a Sua morte (I Coríntios 11:24-26).

 

 Como surgiu essa comemoração?

Quando a igreja se institucionalizou, a partir do início do quarto século, por meio de Constantino, muitos costumes pagãos e idólatras foram introduzidos nas práticas dos cristãos. No Egito sempre se creu que o filho de Ísis (nome egípcio da “rainha do céu”) nasceu no dia 25 de Dezembro. Entre os pagãos, no dia 25 de Dezembro se comemorava o culto ao “deus sol”. Esta festa agradava muito aos povos em geral; por isso, ao declarar o cristianismo a religião oficial do império romano, a igreja romana decidiu incorporar essa data ao calendário de festas comemorando o dia do nascimento de Jesus!

      

Qual a festa bíblica que celebra o nascimento de Jesus?

Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro. Uma das provas é que os pastores que receberam a notícia do nascimento de Jesus estavam no campo guardando os rebanhos durante a noite (Lucas 2:8). Mês de Dezembro é mês de frio e chuva na Judéia, por isso é impossível que isso tenha acontecido nessa época. O nascimento de Jesus foi o cumprimento de uma das mais importantes festas do Velho Testamento - a Festa dos Tabernáculos. A Festa dos Tabernáculos acontece sempre entre os meses de Setembro e Outubro, e foi instituída por Deus como memorial para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto, nos quais o Senhor habitou no Tabernáculo em meio ao Seu povo (Levítico 23:39-44, Neemias 8:13-18).

No evangelho de João lemos: “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós…” (João 1:14). A palavra “viveu” no grego é skenoo ou tabernáculo. Jesus, então, tornou-Se o Tabernáculo de Deus na terra; portanto, é a Festa dos Tabernáculos cumprindo-se em Jesus Cristo, o Emanuel (Isaías 7:14), que significa “Deus Conosco”.

         

Outros costumes pagãos

         Além dos principais costumes natalinos de cada povo, tem-se adotado outros que são de origem pagã. A coroa verde adornada com fitas e bolas coloridas que enfeitam as portas de tantos lares é de origem pagã. Dela disse Frederick J. Haskins em seu livro "Answer to Questions" (Respostas a algumas Perguntas): "Se remonta aos costumes pagãos de se adornar edifícios e lugares de adoração para a festividade que se celebrava ao mesmo tempo do Natal. A árvore de natal vem do Egito e sua origem é anterior à era cristã".

         Também as velas, símbolo tradicional do Natal, são uma velha tradição pagã, pois se acendiam ao ocaso para reanimar o deus sol, quando este se extinguia para dar lugar à noite.

         Papai Noel é o São Nicolau, bispo católico do século V. A enciclopédia Britânica, 11ª edição, vol 19, páginas 648-649, diz: "São Nicolau, o bispo Mira, santo venerado pelos gregos e latinos em 6 de dezembro... Conta-se uma lenda, segundo a qual presenteava ocultamente a três filhas de um homem pobre... Deu origem ao costume de se dar presentes em segredo na véspera do dia de São Nicolau (6 de dezembro) data que depois foi transferida para o dia do Natal. Daí a associação do Natal com São Nicolau...".

          

Honra a Cristo realmente?

         O profeta Jeremias os adverte com respeito aos costumes tradicionais da sociedade que nos rodeia: "Assim diz o Senhor: Não aprendam as práticas das nações nem se assustem com os sinais no céu, embora as nações se assustem com eles. Os costumes religiosos das nações são inúteis: corta-se uma árvore na floresta, um artesão a modela com seu formão; enfeitam-na com prata e ouro, prendendo tudo com martelo e pregos para que não balance” (Jeremias 10:2-4).

          Jesus nos disse claramente que tipo de adoração Deus aceita: "Deus é Espírito; e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade" (João 4:24). O que é a verdade? A Sua palavra, a Bíblia, é a verdade (João 17:17).

         O Natal tem se tornado uma festa comercial sustentada em parte pelas companhias publicitárias. Em muitos lugares vemos um "Papai Noel" disfarçado. Os anúncios publicitários nos mantém enganados sobre o "espírito de Natal". A mídia em geral publica anúncios que exaltam a festividade pagã e seu "espírito". Porém o "espírito natalino" é renovado a cada ano, não para honrar a Cristo, mas para vender mercadorias! Como todos os enganos de Satanás, o Natal também se apresenta como "anjo de luz", algo aparentemente bom. A Bíblia diz: “Caiu! Caiu a grande Babilônia… Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam!” (Apocalipse 18:2, 4).

Diante de tudo isso, temos claro da parte de Deus e da própria história secular a origem do natal e de seus objetos (árvore de natal, guirlanda, presentes, presépio, Papai Noel, etc.). A Igreja, nestes dias de restauração, tem que renunciar a essa cultura que nos foi imposta e pregar que Jesus não está indefeso numa manjedoura, mas que nasceu, cumpriu todo o propósito de Deus, morreu, ressuscitou e hoje reina sobre e através da Igreja pelo poder do Espírito Santo, que está em nós que O confessamos e O temos como Senhor de nossas vidas

 

Qual deve ser nossa postura prática?

  1. Andar de acordo com nossa consciência, ou seja, a que o Espírito Santo colocou em nós. Quais são os nossos valores? Seremos enredados por uma mentira?
  2. Se somos alertados quanto à armadilha do sistema de consumo e do materialismo, como vamos permanecer nele?
  3. Em relação aos nossos amigos, parentes e família - tudo o que fazemos deve ter como ponto de partida a conversão das pessoas a Jesus, por isso é uma tremenda insensatez hostilizar quem quer que seja por conta desse assunto.
  4. Aproveite as oportunidades para anunciar que Jesus nasceu, mas viveu a nossa vida, morreu a nossa morte para que pudéssemos viver eternamente, ressuscitou, é Senhor dos senhores, e voltará em glória para buscar os Seus seguidores.
  5. Não sejamos extremistas. A Igreja pode e deve aproveitar a oportunidade para anunciar o verdadeiro evangelho, porque é um tempo de maior sensibilidade espiritual. Não compactuamos com o espírito de natal, mas pelo poder do Espírito Santo resistimos a mentira e anunciamos a verdade: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus”(Efésios 5:15-16).

 

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