O INÍCIO DO FIM | 3. QUEM PODERÁ ESCAPAR?

Jesus fez uma promessa. Ele disse que voltará para buscar os Seus (João 14:1-3), e deixou claro sobre a maneira como o Seu retorno vai acontecer (Atos 1:9-11; Mateus 24:27; Apocalipse 1:7). No entanto, antes de tudo isso, haverá na terra um período de grande sofrimento, no qual o povo de Deus será perseguido. É o que a Bíblia chama de a Grande Tribulação (Mateus 24:7-22; Daniel 12:1).  

É fato que sempre houve grande perseguição aos cristãos, e o nosso Mestre nos avisou que assim seria (João 15:18-20). No entanto, nos últimos dias ela tem crescido, por conta do sistema do Anticristo, que se levanta contra tudo o que se chama Deus (desconstrução dos valores cristãos). Ela chegará ao seu auge quando, com a ajuda da tecnologia, um forte controle social for estabelecido, e os que não se curvarem ao sistema serão perseguidos e mortos (Apocalipse 13:14-18). 

Existem, no entanto, alguns textos bíblicos que nos fazem crer que haverá um livramento para os que pertencem a Cristo (Daniel 12:1; Apocalipse 3:10). Não há consenso entre os estudiosos a esse respeito, porquanto há três principais linhas de pensamento: o pré-tribulacionismo (a Igreja será arrebatada antes da tribulação), o meso ou midi-tribulacionismo (a Igreja será arrebatada na metade do período da tribulação), e o pós-tribulacionismo (a Igreja será arrebatada depois da tribulação).  

A segunda vinda (Mateus 24:36-39; Lucas 17:28-30)

De qualquer forma Jesus prometeu que voltará, e será de repente, sem aviso prévio! Jesus é o Noivo, e a Igreja, que é Sua noiva, deve estar preparada para o dia do casamento. O dia e a hora da volta de Cristo só o Pai sabe. O mesmo acontece no casamento judaico. A noiva se prepara desde o dia em que é pedida em casamento, mas somente o pai do noivo dirá o dia e a hora, o que pode acontecer a qualquer momento. 

Jesus compara a segunda vinda à época do Dilúvio. Naquele tempo as pessoas desprezaram a palavra de Noé. Eles nada perceberam porque estavam demasiadamente submersos nas coisas desta vida. Havia uma insensibilidade às coisas espirituais. A expressão “casavam-se e davam-se em casamento” quer dizer literalmente casar-se e descasar-se seguidamente. É sobre o egocentrismo e o desprezo à aliança. Trata-se do homocentrismo, hedonismo, humanismo, existencialismo, secularismo. Secularismo é o inverso da espiritualidade; ele exerce grande atração e fascínio; tem efeito anestésico sobre inúmeros cristãos e igrejas. O termo bíblico é “mundo”.   

O arrebatamento (Mateus 24:40-44; I Tessalonicenses 4:13-17) 

A palavra “arrebatamento” significa “apoderar-se”, “apossar-se”, “arrancar ou tirar rapidamente”. Será uma tomada repentina, tão rápida como um piscar de olhos (I Coríntios 15:52). Quem são estes que serão arrebatados? Os que já ressuscitaram com Cristo, que já não vivem mais para si mesmos, que não cedem aos apelos do sistema. São os que se recusaram a adorar a imagem da besta e não aceitaram a sua marca. 

É uma referência clara aos que andam em plena comunhão com o Senhor, despojados de todas as propostas deste mundo. A Bíblia fala de um homem que andou com Deus, por isso foi arrebatado (Gênesis 5:22-24). No contexto, a genealogia faz um comentário apenas acerca de Enoque, ele andou com Deus! O seu arrebatamento era um prenúncio do arrebatamento da Igreja. É para os que andam com Deus. Para os que não estão grudados neste mundo, mas já andam “arrebatados”, desconectados do sistema.  

Enfim, o arrebatamento é a condição necessária para que o Anticristo se manifeste no mundo (II Tessalonicenses 2:6-7). Segundo crêem alguns estudiosos, assim como Ló precisou ser retirado de Sodoma antes do juízo, o mesmo deve acontecer com a Igreja!  

O noivo vai tardar (Mateus 25:1-13)

A parábola das dez virgens fala da necessidade de vigilância. Cinco delas eram insensatas porque, ao saírem para se encontrarem com o noivo, não levaram azeite consigo. As outras cinco eram prudentes porque, junto com as candeias, levaram óleo em vasilhas. Como o noivo demorou a chegar, as insensatas não estavam preparadas.  

O óleo é símbolo do Espírito Santo. Estar preparado implica em encher-se do Espírito continuamente, nutrindo comunhão com Ele. As prudentes levaram óleo. Porém adormeceram, como todas as outras. O que fez a diferença, no entanto, foi a reserva de óleo que tinham. A lâmpada servia para iluminar o caminho; meia noite é o auge da escuridão. O Senhor voltará quando as trevas atingirem o seu nível máximo.  

Quando as insensatas tentaram pedir óleo às outras, estas disseram: “Não, pois pode ser que não haja suficiente para nós e para vocês”. Encher-se do Espírito é uma responsabilidade individual. Não seremos cheios desse óleo andando na dependência de homens, dos cultos, ou dos encontros que participamos. Cada um deve buscar a sua comunhão  pessoal com Deus para que se mantenha cheio do Espírito. 

Ser prudente é andar na perspectiva da eternidade e não das coisas dessa terra. É parar, planejar, pensar, calcular, prevenir; é olhar além do umbigo e além do palmo à frente. Precisamos atentar para o mais importante: o óleo. Isso só é possível ao nos envolvermos num relacionamento íntimo e contínuo com Deus.

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