O INÍCIO DO FIM | 4. O GRANDE DESFECHO

Logo após o período da grande tribulação acontecerá a batalha do Armagedom. Será a maior batalha da história da humanidade (Apocalipse 16:12-16, 9:13-16). Armagedom é uma expressão hebraica - har meggido - que significa “monte Megido”, um
local situado a 30 km ao sul de Nazaré, palco de várias batalhas ao longo da história.

O que é o Armagedom?

É um lugar geográfico, mas precisamos entender como um evento profético, pois será, literalmente, a batalha final do bem contra o mal. Uma coalizão mundial de nações se mobilizará contra Israel para destruí-lo. Será, na verdade, o ápice, o auge da manifestação da hostilidade generalizada que se nutre contra Israel já nos dias atuais. Por isso, muitos estudiosos das profecias afirmam que o Armagedom é uma situação mundial já em curso, ou seja, ele já existe. Há uma guerra ideológica crescente e uma oposição intensa e declarada contra os princípios judaico-cristãos, que está preparando as nações para o desfecho final. Em Salmos 2:1-3 encontramos uma descrição profética desta batalha. O v. 3 descreve exatamente como se expressam os opositores de Deus - consideram Suas leis e princípios como algemas!

Toda a hostilidade, no entanto, que culminará nessa batalha, sofrerá uma intervenção sobrenatural (Salmos 2:4-6). Jesus virá juntamente com os santos (os que foram arrebatados) e o exército celestial para vencer o Anticristo e as nações inimigas de Israel (I Tessalonicenses 3:13, Apocalipse 17:14, 19:14). Isso marcará o início do milênio, o tempo em que Satanás será preso por mil anos e o Reino de Cristo se estabelecerá na Terra. Embora os judeus não tenham se rendido ao Messias, Jesus, nos últimos dias o falso messias será desmascarado quando profanar o templo em Jerusalém; só, então, eles reconhecerão Jesus como Messias. Deus, portanto, vai cumprir Seus planos em e através de Israel! Por isso devemos abençoar Israel (Zacarias 2:8; Salmos 122:6).

Armagedom será a materialização da batalha espiritual que a Igreja enfrenta. É uma guerra que travamos contra a carne, o mundo e Satanás. Tiago nos dá a receita para vencê-la: “... Submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês” (Tiago 4:7). Muitos querem vencer sem se submeter, mas isso não é possível, porque existe somente um vencedor: Jesus! Por que os santos estarão com Jesus nessa batalha? Porque eles vencem as guerras aqui e agora, no dia-a-dia, têm experiência de batalha em submissão a Deus e aos Seus princípios com temor.

Haverá um juízo final?

O juízo final é uma realidade! Haverá uma prestação de contas. Muitos se comportam como se isso nunca fosse acontecer. Cresce o número de pessoas que não quer responsabilidade, nem compromisso. Recusam-se a prestar contas a alguém
dizendo que só se submetem a Deus. Jesus em muitos momentos disse que vamos prestar contas dos nossos atos. Na parábola dos talentos, por exemplo, Ele diz: “Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles” (Mateus 25:19). Vai haver um acerto de contas, sim, e será com todos. Segundo o apóstolo Paulo, os crentes vão comparecer perante o tribunal de Cristo (II Coríntios 5:10). É sábio, portanto, aquele que se habitua a prestar contas a alguém, tendo um mentor, um discipulador em sua vida, alguém que possa lhe orientar e ajudar.

Existe uma diferença entre juízo e julgamento. Julgamento é uma avaliação que se faz com base em algum parâmetro (lei) e juízo é a sentença. Haverá um juízo final, mas os que estão em Cristo não entrarão em condenação (João 5:24). Estes serão absolvidos pela graça, pois Jesus é o Advogado (I João 2:1). No entanto, o perdão e absolvição são para os humildes, os que se rendem em arrependimento pelos seus pecados. A graça opera sempre pelo arrependimento; e pecados confessados produzem frutos de arrependimento, mudança de atitudes! Arrependimento é a palavra central do evangelho.

Mas haverá um juízo final diante do trono branco (Apocalipse 20:11-12, Daniel 7:9-10). Nessa ocasião os livros serão abertos. Está tudo registrado! Os que não tiverem seus nomes escritos no livro da vida sofrerão condenação eterna. Tudo o que está
escondido será revelado. Haverá uma separação entre bodes e ovelhas (Mateus 25:31-32).

A Bíblia diz: “... Os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente” (Salmos 19:9). Ele exerce juízo em nossas vidas; são correções que Ele faz para nos fazer voltar ao centro do Seu propósito. Quem é temente a Deus, não foge da Sua disciplina, porque o Pai corrige a quem ama (Hebreus 12:5-6). Só quem é filho sabe discernir a disciplina de Deus e corrige o seu comportamento. É preferível sofrer os juízos (as disciplinas) de Deus em doses homeopáticas do que chegar ao juízo final e entrar em condenação eterna! Por isso, prepare-se! Ame a correção, os juízos de Deus, pois são justos e provam o Seu amor. Eles nos levam ao arrependimento e mudança de vida. Amém!

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