SÉRIE POR ONDE FOREM... | 2.RESSUSCITEM

(Mateus 10:7-8)
Publicado em 11/07/2025

Jesus nos enviou para, além de curar enfermos, ressuscitar mortos. Sabemos que todos os milagres de Jesus têm um sentido profético, espiritual; isto é, não se limita ao reino físico. As curas físicas refletem a cura espiritual. Ao ressuscitar mortos, Ele estava chamando a nossa atenção para a ressurreição espiritual, porquanto esta é a mais importante, porque é eterna!

Quando ressuscitou Lázaro, antes de chegar ao túmulo, Jesus disse à irmã dele, Marta: “... Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?” (João 11:25-26). Ele deixa claro que existem mortos vivos e vivos mortos. Aquele que crê nEle, ainda que morra fisicamente, viverá eternamente. A morte física não é a morte eterna, por isso, é possível viver fisicamente mas estar morto eternamente (espiritualmente).

Em outra ocasião Jesus disse: “... Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (João 10:10). Existem duas palavras no grego para “vida”, uma é bio (que é a vida física, biológica) e a outra é zoe (que é vida eterna). O comentário Strong diz acerca da palavra zoe: “… É um conceito fundamental que vai além da existência física e se relaciona com a plenitude e a bênção que vem de Deus… vai além do aspecto biológico e se estende para a esfera espiritual e eterna…”

A humanidade está morta. Se Jesus veio dar vida (zoe), é porque a humanidade está morta espiritualmente. De que adianta uma vida física com toda a riqueza e conforto que este mundo pode oferecer se ela é efêmera? De nada vale! Diante da eternidade é apenas nada. A vida eterna é infinita, portanto, qualquer idade (por maior que seja) em relação à eternidade é insignificante, já que qualquer número dividido por infinito é igual a zero. A conclusão é que uma vida apenas física é nada, vazia, sem sentido!

A morte espiritual entrou no mundo por causa do Pecado, que é o afastamento do Autor da vida (Romanos 5:12). Ao nos afastarmos de Deus, nosso espírito ficou sem vida (zoe). Mas Jesus veio resolver a causa da morte, que é o pecado, por isso nos deu vida: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados,... Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões…” (Efésios 2:1, 4-5).

É preciso proclamar vida. A ressurreição de Jesus potencializou a ressurreição de toda a humanidade. Acontece que ela precisa ser profetizada, proclamada, declarada. O mesmo Espírito que ressuscitou Jesus habita em nós (Romanos 8:11). É por isso que nós, os vivos, podemos ressuscitar os mortos. Somente os vivos têm autoridade para declarar vida! Esta é a razão de Jesus ter nos enviado. Certa vez um homem disse que queria seguir a Jesus, mas pediu permissão para primeiro sepultar seu pai (os judeus davam grande importância ao dever dos filhos sepultar seus pais), e Jesus lhe disse: “Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos” (Mateus 8:22) - que os espiritualmente mortos sepultem os fisicamente mortos. Seguir a Jesus é sobre ressuscitar, e não enterrar mortos. O evangelho do Reino é sobre vida e não morte.

É por isso que somos chamados a pregar, pregar o Reino dos céus. Pregar é anunciar, declarar, proclamar a vida. Diante do túmulo de Lázaro Jesus deu uma ordem: “... Lázaro, venha para fora!” (João 11:43). À filha de Jairo, que estava morta, Ele disse: “... Menina, eu lhe ordeno, levante-se!” (Marcos 5:41). Ele liberou o decreto de vida. Nossa boca tem autoridade porque é a boca de Jesus. Quando damos uma ordem no mundo espiritual as trevas recuam. Paulo diz: “... A fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo” (Romanos 10:17). Os mortos precisam ouvir o comando, por isso alguém precisa proclamar!

O poder da língua. A palavra do evangelho é a da ressurreição. A cruz não é o fim, mas o meio para o fim: “E, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm” (I Coríntios 15:14). A vida eterna é o propósito central da vinda de Cristo à terra. Ele quer que todos sejam salvos da morte eterna, por isso Paulo continua: “Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo” (I Coríntios 15:19 - NTLH)). A ressurreição é a prova de que a causa da morte foi resolvida, que é o pecado. Se não há mais pecado, não há mais morte.

Por isso, da boca dos vivos flui vida. A Bíblia diz que a vida e a morte estão no poder da língua (Provérbios 18:21). Se a vida está em nós e não abrimos a boca, não somos neutros, mas omissos; e os mortos permanecerão mortos! Cada vez que proclamamos o evangelho, o sopro da vida flui, entra nos ouvidos das pessoas e alcança o espírito delas.

Paulo declara com veemência: “A morte está destruída! A vitória é completa! Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?” (I Coríntios 15:55 - NTLH). A morte da humanidade foi derrotada na morte de Cristo. Ela não prevalece mais
porque o pecado foi banido. Já foi feito, já está decretado no mundo espiritual. Só precisamos agora materializar essa vitória pronunciando, dando comandos, chamando as pessoas para fora dos túmulos existenciais e decretando vida abundante! 

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