Campanha Firmados na Rocha: 1. Acolham uns aos outros

(Romanos 12:16, 15:7)
Publicado em 03/10/2025

Campanha Firmados na Rocha: 1. Acolham uns aos outros
(Romanos 12:16, 15:7)

Toda mudança a que somos submetidos sugere a necessidade de uma adaptação. Estamos acostumados com o ambiente, a geografia, a cultura, a linguagem e a culinária. Alguém, por exemplo, que muda de país, está sujeito a impactos no seu dia a dia, onde vai precisar se organizar de forma diferente. Uma adequação será imprescindível para o seu bem-estar nesta nova fase da vida. Neste processo, o acolhimento dos que estão recebendo é crucial.

Acolhimento é hospitalidade, e hospitalidade é construir um senso de pertencimento aos que estão chegando ao nosso meio. Nada mais hospitaleiro do que estar em unidade com os novos irmãos, o que as células fazem muito bem. Este local de relacionamento dá valor a cada um, pois o recebe e o adota como parte integrante da comunidade dos santos no Senhor: a igreja.

Amor, o impacto do evangelho (Romanos 12:9-16)

O amor incondicional é a chave do evangelho de Cristo, pois foi por ele que todos tivemos acesso à presença de Deus. Como discípulos de Jesus, somos instruídos a viver da mesma forma. A cultura do céu é a nossa cultura e nada tem a ver com aquilo que o mundo prega. Os que saíram deste contexto, como nós mesmos um dia, ainda precisam se aculturar ao Reino de Deus.

É pelo amor não fingido, que recebe e que também ensina, que estes novos irmãos serão transformados também à semelhança de Cristo (1 Coríntios 11:1). No versículo 16 está a chave mestra do amor incondicional: “Tenham o mesmo sentimento (grego - phroneo - ser do mesmo pensamento, concordar, compartilhar os mesmos pontos de vista, ser harmonioso) uns para com os outros...” (ARA). Este mesmo verbo é também utilizado por Jesus em Mateus 16:23: “Jesus virou-se e disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa (grego - prhronesis - substantivo - entendimento, conhecimento e amor à vontade de Deus) nas coisas de Deus, mas nas dos homens”. 

Mansidão e humildade, o caráter do Reino de Deus

Ter o mesmo sentimento uns para com os outros fala de termos o mesmo caráter de Jesus: “aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração...” (Mateus 11:29). Ele jamais fez acepção de pessoas, mas ensinou, pela Sua entrega, que todos têm o mesmo valor: o Seu sangue derramado. É nos relacionamentos mais próximos que vamos transmitir vida na vida aos que estão chegando e se tornando igreja conosco. Nossa responsabilidade é construir um espaço de amor genuíno, onde sejam totalmente restaurados à semelhança de Deus.

O acolhimento é aceitação (Romanos 15:1-7)

Não vamos conviver somente com os iguais. Enquanto o individualismo (postura autônoma que resiste ao coletivo) pode ser nocivo, a individualidade (conjunto de atributos que distingue um indivíduo) é extremamente saudável ao corpo. Pois o que eu preciso está em alguém que pode estar muito próximo, e o que o meu próximo precisa pode estar em mim mesmo. “Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros” (Romanos 12:4-5).

Discípulos, um tipo de Cristo

Jesus advertiu os Seus discípulos acerca dos tempos em que vivemos: “Pois muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo! E enganarão a muitos” (Mateus 24:5). Uma das manifestações mais claras da pessoa de Cristo na terra é por meio da Sua igreja, e esta é constituída de discípulos. Estes são os que replicam Seu caráter e obras, fundamentados na fé. É pela conduta que se conhecem os verdadeiros servos de Deus, pois ela está acompanhada das palavras que denunciam a fé e o estilo de vida. Esta vida “em Deus” é que toca as pessoas, que proclama e que acolhe a outros.

Então, ensinamos vivendo, e vivemos ensinando a cultura do céu. “Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos” (Atos 11:25-26).

Acolher é mais do que dar um abraço, é transferir a vida de Deus que está dentro de nós (Lucas 17:21), é ser um modelo de Cristo para os que estão chegando a este Reino maravilhoso do nosso Pai, é ser o primeiro Cristo que venham a conhecer.

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