SEU PROPÓSITO NÃO É SOBREVIVER, É FLORESCER

Deus nos criou para um propósito. Ao nascermos, Ele já tem um plano para cada um de nós. Mas o pecado, que é o distanciamento de Deus, é como uma névoa que encobre aquilo que Deus projetou para nós. Ao nascermos de novo, porém, esse propósito é aflorado. Jesus perdoa os nossos pecados e tira o véu do entendimento, as escamas dos nossos olhos espirituais, e nos faz enxergar o sentido da vida. Jesus disse: “... Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (João 10:10). A palavra “vida” aqui é tradução de zoe, do grego - “Implica uma experiência rica,
que transcende a mera existência e abrange a plenitude espiritual e física. A vida que Cristo oferece não é uma existência limitada, mas abundantemente rica, completa, que proporciona contentamento e satisfação plena” (Strong).

Sair da escravidão não é suficiente

Uma das metáforas que encontramos na Bíblia para representar essa mudança de uma vida sem sentido para uma vida plena é a passagem do deserto para a Terra Prometida, uma terra muito próspera (Deuteronômio 11:11,12). Eles estavam há quarenta anos no deserto. No deserto não há água, não há chuva, por isso nada produz. Plantar no deserto é trabalho inútil! Além disso, eles estavam dando voltas, sem rumo.

Andar dando voltas é viver sem propósito. Muitos já saíram da escravidão, mas a mentalidade de escravatura não saiu deles. Estão vagando pelo deserto, vivendo apenas uma rotina religiosa, sem nada produzir. Na direção à Terra Prometida Israel passou por duas etapas. Na primeira ele saiu do Egito, na segunda ele saiu do deserto. Assim também é conosco. O plano original de Deus não é nos tirar do mundo (Egito), mas nosm colocar no centro do Seu propósito (Terra Prometida).
Vencer o deserto é chegar à consciência de que sair da escravidão não é suficiente. Muitos voltam para o Egito porque não chegaram no propósito. Passaram pela primeira etapa, mas não prosseguiram e pararam no deserto, vivendo sem rumo, sem frutos, sem produzir nada. Viver com propósito é nada mais do que “produzir riqueza”. Não se trata de
riqueza material, mas de perpetuar a vida de Deus. O povo de Israel iria prosperar porque plantaria numa terra fértil, então iria colher frutos em abundância.

Fé é ação

Muitos têm dificuldade de romper essa fronteira e permanecem no deserto, no meio do caminho. Apenas se batizam e não prosseguem para a plenitude. Naquela ocasião, para que o povo entrasse na Terra Prometida, deveria atravessar o rio Jordão. Era um limite, uma fronteira. Hoje essa fronteira está em nossos corações. Parece que o rio Jordão é mais desafiador do que o Mar Vermelho! São nossas limitações, medos, traumas, egoísmo, baixa autoestima, conformismo, inseguranças, incredulidade… Fugimos das responsabilidades porque não nos achamos adequados ou competentes, ou
também porque pensamos “não é comigo”.

Entrar na Terra Prometida, ou na vida abundante, é ousar, é ir além do normal, é fazer mais do que estamos acostumados a fazer. Por isso, quando alguém nasce dem novo, a sua perspectiva de vida muda, a sua mente assume um processo de renovação (Romanos 12:1-2). Ela entende que a proposta não é o deserto, não é a esterilidade, não
é dar voltas, mas é viver novas experiências, novos níveis de crescimento e influência. Essa atitude implica fé. Ao conduzir o povo até a margem do rio Jordão, Josué ordenou que os sacerdotes fossem à frente carregando a arca da aliança. Quando pusessem os pés na água, o rio se abriria (Josué 3:13, 15-16). A chave para o milagre é a fé. A chave para o rio se abrir é pisar na água! Hoje todos nós somos sacerdotes. A arcam representava a presença de Deus, e hoje Ele está em nós na Pessoa do Espírito Santo. Jesus disse: “vão”, e “estarei com vocês todos os dias” (Mateus 28:19-20). Mas é preciso crer. Crer é ousar e agir (Tiago 2:17). Fé não é ver para crer, mas crer para ver!

O ambiente da prosperidade

Qual é o seu projeto de vida? Ele está alinhado com o Reino de Deus? Se a resposta for sim, ele vai dar certo! Agora não vivemos mais para nós mesmos (II Coríntios 5:15). Ele nos deu dons, talentos e habilidades para cumprir uma missão dentro do Seu propósito maior, que é a Sua glória. Mas é preciso pisar na água, e não esperar que o rio
se abra. Trata-se de ousar em direção ao propósito, o resto Ele faz!

A Terra Prometida hoje é o ambiente do Reino de Deus. É nesse ambiente que a lei da semeadura entra em operação. Essa terra vai produzir sempre porque é fértil. Ao plantarmos nossos dons, talentos, habilidades e recursos, como tempo, dinheiro e bens, vamos colher os frutos. Frutos são pessoas, vidas, transformadas pelo poder do evangelho. É isso que glorifica o Pai (João 15:8).

Deus nos chamou para prosperar na “Terra Prometida”. Prosperar é glorificar o Pai. Glorificar o Pai é produzir fruto. Portanto, prosperidade não é enriquecer e alimentar o egoísmo, mas é ter propósito, é plantar e colher, para plantar ainda mais, e colher ainda mais assim por diante. Prosperidade é produzir riqueza no mundo espiritual, é produzir
fruto espiritual, que perpetua para a eternidade.