Você pode amar mais

Tudo o que acontece em nossa vida está ligado à nossa relação com Deus. Ela determina o que plantamos e o que colhemos. Quanto mais perto estivermos dEle, mais escolhas certas faremos, ou seja, mais sementes boas plantaremos e melhores colheitas teremos. E o contrário é verdadeiro. Esta é uma lógica, porquanto, quanto mais próximos de Deus mais absorvemos do Seu caráter e mais parecidos com Ele nos tornamos!  

A Bíblia diz: “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida” (Provérbios 4:23). “Acima de tudo” - mais importante do que qualquer outra coisa. Guardar o coração é o que principalmente devemos fazer. E o que significa isso? Nosso coração é o nosso espírito. Portanto, guardar é cuidar, proteger, para que o Espírito de Deus tenha total domínio e nada venha roubar o Seu lugar. Quem guarda o coração cultiva intimidade com Deus e busca se encher mais e mais do Espírito Santo.

 

O que é mais importante?

Jesus disse que amar a Deus é o primeiro e mais importante mandamento (Mateus 22:37-38). Por quê? Porque o êxito em todas as demais áreas da nossa vida depende da observância a esse mandamento. Se a minha relação com Deus está bem, tudo vai funcionar bem! Ele é o Autor da vida, portanto, a fonte de tudo o que precisamos.

A palavra “adorar” é sinônimo de “amar”. O dicionário define a palavra “adorar” como: “Prestar culto a (divindade); ter veneração por; reverenciar; amar de maneira extrema, apaixonada” (Houaiss). Quando amamos uma pessoa, amamos sempre, não importa o lugar onde estamos, pois amor é uma postura do coração. Este é o significado do que Jesus disse à mulher samaritana: No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura” (João 4:23). Trata-se de uma disposição interior, constante, vivencial, experiencial, e não pontual; é estilo de vida, é Reino de Deus!

Se esse é o propósito de vida mais importante, então é nele que deveríamos concentrar nossa maior atenção. “O mais importante é fazer do mais importante o mais importante” (Ben Wong). Muitas pessoas tentam mudar comportamentos, largar vícios e atitudes pecaminosas, controlar suas emoções, etc, mas elas se concentram nas consequências e não nas causas. A febre, por exemplo, é apenas o sintoma de uma infecção. Tomar um antitérmico é só paliativo porque não trata da raiz do problema. É preciso descobrir o que está causando a febre! Assim também acontece na vida espiritual. Hoje em dia temos à disposição muitos artifícios da psicologia e até substâncias químicas, mas eles atuam apenas como “antitérmicos espirituais”! E, por ser tão fácil o acesso, não vamos ao Médico, fugimos ou vamos adiando o tratamento! No entanto, a cura para a nossa alma está somente na nossa relação com Deus!

 

Como colocar em prática?

A célula é o ambiente de cura, porque lá somos estimulados em nossa relação com Deus. Quando falamos de nós mesmos, dos nossos erros e acertos, derrotas e vitórias, estamos reconhecendo o quanto precisamos dEle. Todas as vezes que compartilhamos das nossas debilidades e do desejo de mudança, estamos estimulando uns aos outros  ao amor a Deus. O ambiente da célula não é uma reunião de amigos para falar sobre curiosidades bíblicas, debater assuntos polêmicos, falar sobre os outros ou sobre as notícias da internet. Não! É para falarmos da nossa relação com Deus.

A vida em família (célula) nos permite viver sem máscaras, então nossas mazelas vão aparecendo e somos estimulados a nos aproximarmos da Fonte da graça e buscar cura! Isso é ser Igreja. Igreja não é um ponto geográfico, um prédio onde as pessoas se encontram para assistir a um evento. Igreja é adoração, e adoração é estilo de vida.

Quando cada membro da célula prioriza a sua relação com Deus, no momento da reunião o Cabeça (Jesus) lidera, e os membros interagem. O corpo (Igreja) funciona quando cada membro (discípulo), por estar ligado diretamente à Cabeça, tem algo da parte de Deus para repartir (I Coríntios 14:26).

O dedo da mão, por exemplo, está ligado ao cérebro através do sistema nervoso; ele é estimulado e se move pelo comando da cabeça, e não da mão. No entanto, sem a mão ele não estaria lá. Se por algum motivo o nervo for afetado, o dedo ficará paralisado e, portanto, inativo, perderá a sua utilidade. Esta é a dinâmica do corpo: todos dependentes do Cabeça, e interdependentes uns dos outros!

Essa dinâmica só é possível colocar em prática num ambiente pequeno o bastante para que as pessoas possam interagir. Isso é vida de Igreja, corpo, conforme o ensinamento de Paulo. A igreja institucionalizada é a igreja do show, da apresentação, do palco e plateia, dos eventos e programas. Mas, a Igreja de Cristo, orgânica, a verdadeira Igreja, o movimento do Espírito, funciona unicamente por conta da adoração, da ligação com o Cabeça!

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