“Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós” (Efésios 3:20).
O poder necessário para que possamos movimentar e impulsionar a fidelidade, já está dentro de cada discípulo. Esta verdade já foi profetizada 400 anos antes de Cristo. “E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões” (Joel 2:28). A ekklesia, os chamados para fora, agora estão plenamente dotados do que é preciso para influenciar a terra. A fidelidade então, é conhecida na vida e caráter de Jesus, que obedeceu ao Pai, em tudo e perfeitamente. Deste modo, tanto a fidelidade como a infidelidade estão no poder de decisão de cada indivíduo.
Toda fidelidade pertence a Deus, pois é um princípio
Enquanto a fidelidade é caracterizada pela verdade, autenticidade e sinceridade, a infidelidade se apresenta como inconstância, falsidade e deslealdade. São, de fato, duas manifestações opostas entre si, sendo que a infidelidade a Deus mancha a mais bela criação do Pai, o homem, que é a imagem conforme Sua semelhança (Gênesis 1:26). Aquele que se move pela fidelidade, mantém sua palavra e postura, não importando tempo e espaço, é fiel a amigos, compromissos, princípios e promessas, por exemplo. Enquanto o infiel, está sempre submisso às suas vontades e facilmente abre mão dos valores do caráter fiel. Nossa fé será provada em algum momento da caminhada. “‘Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la?’ Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo” (João 6:60, 66).
Seremos provados pelas circunstâncias
O sistema deste mundo decaído só está interessado naquilo que podemos produzir a favor dele mesmo. No exato momento em que nos tornarmos obsoletos ou indesejados, a fúria do humanismo vai tentar destruir nossa vida de integridade para com nosso Amado Senhor. A astúcia do diabo não vai nos poupar. “Então disseram ao rei: ‘Daniel, um dos exilados de Judá, não te dá ouvidos, ó rei, nem ao decreto que assinaste. Ele continua orando três vezes por dia’” (Daniel 6:13).
Nossa segurança será testada
Jó, alguém que foi reconhecido como íntegro e reto, também passou por momentos de extrema provação (Jó 1). A segurança das riquezas desta terra não devem ser a medida do nosso relacionamento com o Senhor. “‘Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor’. Em tudo isso Jó não pecou nem de nada culpou a Deus” (Jó 1:21, 22).
Nos relacionamento interpessoais
Todos nós estamos sujeitos a vários tipos e níveis de relacionamentos, cada um deles nos exige uma resposta. Abraão e Jó, tiveram o mesmo tipo de situação, que testava seu relacionamento com Deus e cada um, em algum momento da vida, reagiu de forma diferente. Isso nos ensina que todos temos fragilidades (Jó 2:9,10). “‘Já que o Senhor me impediu de ter filhos, possua a minha serva; talvez eu possa formar família por meio dela’. Abrão atendeu à proposta de Sarai” (Gênesis 16:2).
Seu caráter ou o caráter de Cristo?
A inclinação natural do ser humano é priorizar sua própria vontade em vez dos princípios estabelecidos na palavra de Deus. Por exemplo, Abraão demonstrou obediência ao seguir a orientação divina para deixar a terra de seus pais, conforme descrito em Gênesis 12. Da mesma forma, embora Jó tenha reconhecido sua limitação (Jó 42:5), ambos deliberadamente buscaram praticar a fidelidade e a humildade, permanecendo na presença de Deus. Ainda que não fossem perfeitos, foram fiéis em seu compromisso com Deus. “Os infiéis receberão a retribuição de sua conduta, mas o homem bom será recompensado” (Provérbios 14:14).
Ativando a fidelidade
O que verdadeiramente vai ativar e fomentar essa cultura de fidelidade do Reino de Deus, são os que não andam pela sua vontade, mas pela obediência. “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha” (Mateus 7:24).
Uma escolha a ser feita
Assim como a mentira e a verdade, a fidelidade e a infidelidade não compactuam suas naturezas, o orgulho e a humildade também não. E somente pelo exercício intencional do caráter de Cristo, seremos libertos de toda infidelidade. É tempo de buscarmos um concerto interno e profundo!