Preservando Valores Em Meio ao Caos

PRESERVANDO VALORES EM MEIO AO CAOS

(Êxodo 1:22 - 2:1-10)

 

No tempo em que Moisés nasceu a descendência de Israel estava ameaçada. Faraó do Egito estava furioso porque o povo crescia sem parar, mesmo depois de lhes impor cruel escravidão. Ele arquitetou um plano para frear o crescimento: matar todos os meninos recém-nascidos (Êxodo 1:22).

O Egito, na Bíblia, é uma figura do mundo, do cosmos, do sistema regido por Satanás, representado pelo faraó. E, assim como os israelitas estavam no Egito, mas não eram de lá, também existe hoje um povo que está no mundo, mas não é dele. Este povo se distingue pelo caráter e não se contamina com as falsas propostas e os valores invertidos desse sistema. Há uma guerra no mundo espiritual, porquanto Satanás continua com seu plano maligno de frear o crescimento!

Faraó mandou que todos os meninos fossem lançados no rio Nilo ao nascerem. Sem homens, não haveria exército, não haveria força de combate, e todo risco de reação estaria afastado. O plano continua o mesmo, matar os meninos! Não mais fisicamente, mas matar a identidade deles. Foi ao homem que Deus confiou a responsabilidade de governo. A base da sociedade é a família e a base da família é o homem! Ele recebeu de Deus a força, a energia e a estrutura para suprir, amparar, cuidar e proteger as mulheres e as crianças. Mas existe uma conspiração no mundo espiritual para destruir a figura masculina e fazer desaparecer a sua força e a sua influência. O subjetivismo chegou a tal ponto que até mesmo a identidade foi relativizada. Quando não se tem identidade, não se sabe nem o que é (homem ou mulher), fica muito mais fácil manipular as mentes!

 

Coragem para se posicionar

Joquebede, a mãe de Moisés, no entanto, não se conformou, não se dobrou à imposição de faraó. Ela se recusou a matar o seu filho, e correu o risco de escondê-lo por três meses (v 2). Toda mulher tem um profundo senso de preservação maternal, o que a faz corajosa e capaz de dar a própria vida por seu filho. Joquebede representa um povo que se posiciona contra o sistema, que não tem medo de pensar e ser diferente, contrário às propostas do mundo.

Assim como Joquebede desafiou o sistema e optou pela desobediência civil, também nós não concordamos com a morte de nossas crianças, não admitimos que sejam doutrinadas pelo Estado e que os valores e padrões morais sejam desconstruídos. Nossos filhos não terão suas identidades destruídas! Nós não matamos nossos meninos; eles não são neutros, manteremos a identidade deles!

 

Sabedoria para preservar

Joquebede foi sábia. Ela não jogou o filho no rio, mas o fez flutuar. Este era um sinal profético. Moisés, no futuro, dominaria sobre aqueles que queriam matá-lo. Moisés não afundaria no rio, mas se manteria acima dele. Uma verdadeira mãe, segundo coração de Deus, cria seus filhos para se impor ao sistema, andar acima dele. Ela os educa para suplantar as propostas destrutivas, e não deixa que sejam afogados no rio deste mundo. O lugar de morte se tornou um lugar de vida. Moisés significa “tirado das águas”!

Aquele cesto era uma proteção. Joquebede tomou cuidado para vedá-lo muito bem com piche e betume (v 3). Foi um trabalho bem feito, por isso a água não invadiu o cesto. Uma mãe consciente protege seus filhos da morte espiritual, intelectual, emocional, e também física. Ela tem olhos atentos a todo perigo de infiltração das “águas do faraó”, que quer engolir seus filhos (celular, televisão, literatura, e outras influências externas), e não deixa nenhuma gota entrar!

Joquebede amamentou seu próprio filho, não entregou à outra. Muitas mães perdem o privilégio de amamentar seus filhos. Elas os entregam às instituições. Cedo se estressam e não esperam a hora de terceirizar a educação para poderem trabalhar ou seguir carreira. Mas é em casa que os filhos são educados pelos princípios e valores contidos nas Escrituras. São os pais que devem fazer isso, e não a escola ou a igreja. Estas podem ser um apoio, mas a responsabilidade final sempre recai sobre os pais.

 

Consciência para enviar

Uma verdadeira mãe não cria filhos para si, não os super protege e mima. Ela os educa e forma para a vida. Moisés era um homem, e, por conta da sua hombridade, iria libertar o seu povo. Deus estava em todo esse processo, e Joquebede cooperava com Ele. Moisés tinha identidade, valores bem firmados, por conta da sua fé em Deus.

Precisamos formar nossos filhos para se embrenharem no meio do sistema e serem agentes de transformação. Quantos homens hoje não são protagonistas, não têm iniciativa, não se posicionam, são emasculados, porque foram super protegidos por suas mães. Toda mãe precisa saber que seu filho homem tem uma missão de homem, de governo, de postura corajosa, que não se retrai, que não foge das responsabilidades e não se acovarda diante dos desafios da vida. Moisés foi este homem, e Joquebede foi determinante na formação do seu caráter e personalidade de homem e libertador. Amém!

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