Sejam Santos Porque eu sou Santo

O apóstolo Pedro  escreve ao povo, exortando-os a se manterem firmes na fé e na plena consciência de que muitos desafios estavam por vir. Com  a revelação pessoal de que Jesus Cristo é a salvação da qual todos precisam, ele enfatiza a resiliência que os crentes iriam precisar ter e desenvolver, tal como seu mestre deixou como exemplo a ser seguido e replicado em outros. Se por algum tempo todos estavam na ignorância, sem saber qual caminho levava a Deus, agora isso está claro diante de seus olhos, para onde e como seguir.

Ser santo é como escolher andar na luz (1 João 1:5-9), deixando para trás todo tipo de escuridão que possa haver em nosso interior. Observamos que a maldade terrena não se trata de Deus, mas da natureza humana. Portanto, a santidade não é um estado natural do ser humano, que, afetado pelo pecado, tem seu caráter e identidade imperfeitos.

Ser santo é se tornar separado dos padrões do mundanismo, que é o modo de vida em oposição ao mundo criado por Deus.

 

Santificação (v.13)

A santificação, então, é o meio pelo qual alguém abandona antigos padrões de vida a partir de uma dedicação e devoção a Jesus. Neste processo ocorre uma restauração de identidade, onde somos confrontados na nossa maneira de pensar e, consequentemente, de agir.

A palavra “cingido” significa envolvido com muita força e denota o quanto devemos estar atentos contra os equívocos da nossa vida passada A expressão “esperar inteiramente” (em grego “teleios”) significa “até o fim” e “perfeitamente”, transmitindo a ideia de não esmorecer até a volta de Cristo. “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo, e o santo continue  a santificar-ser”  (Apocalipse 22:11 - ARA).

 

Filhos da obediência (v.14)

A consequência de vivermos afastados do Pai é a rebeldia do coração. Uma das maiores  características de um filho é a marca da obediência em amor. Se agora fomos regenerados e estamos sendo moldados a ter o caráter de Cristo, a rebelião não faz mais parte de nosso  DNA, pois Jesus foi obediente, sendo um discípulo por excelência; Ele obedeceu até a  morte (Filipenses 2:5-11). A obediência aos Seus princípios, é um modo de santificação.

 

Santificados pelo procedimento (v.15)

“Se teus olhos forem bons todo teu corpo será luz” (Mateus 6:22 - ARA). Não se pode imaginar santificação ou santidade sem renúncias. Cada um de nós, em seu dia a dia, terá que se posicionar contrariamente às inclinações da carne enfermada pelas nuances do pecado iminente. E assim como Jó (Jó 1:21), devemos escolher desviar-nos do mal que o assola.

Na construção da santidade, precisaremos adotar atitudes inteligentes e coerentes com nossa prática de vida. Sabendo que temos algo que ainda governa nossa inclinação natural, devemos abandoná-lo imediatamente; nada é mais espiritual do que uma atitude consciente de santificação. “A carne milita contra o Espírito...” (Gálatas 5:17).

Aplicando essa verdade à igreja contemporânea, temos dois exemplos pontuais que precisamos observar, pois essa contaminação já está em curso:

 

Idolatria: Pessoa ou coisa intensamente admirada e que se adora, como se fosse a própria divindade. Objeto ou pessoa a que se dirige culto. “Não vos enganeis, nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros.... herdarão o Reino de Deus” (1 Coríntios 6:09). “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele darás culto.” (Lucas 4:08).

 

Amor ao mundo: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1 João 2:15,16).

 

É impossível alguém estar em Deus e coabitar com os padrões do príncipe decaído deste mundo (João 14:30). “Sem santidade ninguém verá a Deus (Hebreus 12:14 - ARA).

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