Tem notícia boa chegando | 5. Um presente para você!

O significado da palavra “graça” é bem abrangente, mas podemos resumir como “aquilo que se faz ou se recebe de modo gratuito, sem preço, e sem que haja motivo ou razão”. No entanto, o fato de se receber algo gratuitamente, não significa que não há custo. Por exemplo, se alguém está estudando de graça, é porque alguém está pagando, porquanto um curso tem custos. Se alguém recebeu um carro de graça, alguém pagou por ele. Então, graça não é ausência de custo. A graça tem custo, mas não tem preço.

Por isso, quando recebemos algo de graça, logo desconfiamos, pois, quem daria algo de graça? Não haveria um segundo interesse por trás? Por que damos presentes uns aos outros? Porque amamos as pessoas, certo? Mas, se elas não corresponderem mais ao nosso amor, continuaremos presenteando-as? Num mundo movido pelo egoísmo e pelo desejo de lucro, dificilmente alguém faz ou dá algo gratuitamente, porque ninguém quer sofrer prejuízo; há sempre uma contrapartida!

 

Alguém assumiu o custo

Existe, no entanto, uma graça sobrenatural, divina. Ela é pura, não está firmada no egoísmo ou na vaidade, não tem uma contrapartida e não impõe condições. É a graça da salvação: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). Dom é o mesmo que presente. Ninguém paga por um presente, pois, se não, não seria presente.

A salvação é um presente. É de graça, mas teve um custo, e alguém pagou por ele. Alguém sofreu o prejuízo, perdeu algo para que pudéssemos recebê-la. A Bíblia diz: Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça…” (I Pedro 2:24). Jesus levou sobre Si o castigo que era nosso, sofreu o prejuízo, assumiu o custo, que é a morte, o salário do pecado de toda a humanidade.

Então, Jesus assumiu a morte que seria nossa, e nos devolveu a vida eterna, sem cobrar nada. Quando um prisioneiro é condenado à morte é porque não resta mais qualquer recurso; ou seja, nenhuma pena, por mais drástica que seja, pode redimir o crime que ele cometeu. Que interesse teria Deus em pagar pelo nosso resgate? Apenas amor pelos Seus filhos: Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). O amor de Deus apenas dá, e não impõe a condição de ser correspondido.

 

A graça não tem lógica

Por isso, a graça não cabe na nossa razão. Pela lógica humana, seria algo injusto. Como alguém pode receber algo sem ter feito nada para merecer, pelo contrário, fez tudo para não merecer?

A Parábola do Filho Pródigo. Jesus conta que o filho mais novo recebeu a sua parte da herança, se afastou da casa do pai e passou a viver irresponsavelmente. Ao voltar arrependido, o pai não exigiu de volta o dinheiro da herança, não impôs qualquer condição para recebê-lo; simplesmente o abraçou, beijou, deu ordens para fazerem uma grande festa, porque, para ele, o filho voltou à vida (Lucas 15:24).

O filho tinha ensaiado uma fala para dizer ao pai (Lucas 15:19), mas no v 21 percebe-se que o pai não deixou o filho dizer a segunda parte da frase (Lucas 15:21). Porque não somos aceitos pelo nosso trabalho, boas ações, religiosidade. Simplesmente não podemos pagar, por mais que nos empenhemos. É só a graça mesmo!

A morte daquele filho representa a nossa morte, a morte eterna. Quando tomamos a decisão de voltar para o Pai, estamos, literalmente, ressuscitando, para estar com Ele eternamente. Mas, o filho mais velho ficou irado (Lucas 15:28). E por que ele ficou irado? Porque pela lógica humana era injusto o filho mais novo ter os mesmo direitos que o mais velho, por já ter recebido sua parte na herança. Isso é perturbador para a nossa mente!

A Parábola dos Trabalhadores na Vinha. Jesus fala de um proprietário que foi contratar trabalhadores. De manhã cedo chamou alguns e combinou de pagar um denário pelo dia de trabalho. Por volta das nove horas contratou outros, ao meio dia e às três da tarde contratou outros e, finalmente, por volta das cinco da tarde contratou outros. Ao final do dia, na hora do pagamento, começando pelos que tinham começado às cinco, passou a pagar um denário a todos. O texto diz que os que tinham sido contratados primeiro começaram a reclamar (Mateus 20:10-11). E a resposta do proprietário foi: “... Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário?... Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?”  (Mateus 20:13, 15). Enfim, receba a graça da salvação e não tente entender esse mistério. Se não fosse por ela, estaríamos todos perdidos para sempre!

Faça esta oração: Pai querido, eu entendi que nada posso fazer para pagar pela minha salvação. Reconheço que não mereço ser salvo, pelo contrário, mereço a condenação eterna. Muito obrigado por enviar Jesus para pagar o preço que eu jamais poderia pagar. Obrigado por morrer a minha morte para que eu pudesse viver a Sua vida. Hoje, eu recebo de graça a dádiva da salvação. Volto para Ti arrependido e rendido para, a partir de agora, submeter a minha vida cem por cento a Ti. Em nome de Jesus, amém!

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